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Cozinha integrada e colorida

Com 7,70 m², ela não poderia ser mais exibida: inteiramente visível da sala, atua como anfitriã à porta de entrada, recebendo as visitas com muita pompa. Cá entre nós, quem esconderia um ambiente tão charmoso?

Por TEXTO FLÁVIA PINHO / FOTOS LUIS GOMES REPORTAGEM VISUAL MARIO MANTOVANNI E FERNANDA DE CASTRO LIMA
Atualizado em 10 set 2021, 01h08 - Publicado em 30 set 2015, 13h15

Foi nos anos 1980 que surgiram por aqui as primeiras cozinhas americanas, com tímidas aberturas que formavam uma espécie de balcão. Aos poucos, a antiga área exclusiva para preparar alimentos foi mudando de status e incorporou outras funções. Virou também local de estar, comer e receber, fase em que as divisórias caíram de vez. Mas a opção de ter uma cozinha integrada requer dose extra de planejamento e organização. A pedido de MINHA CASA, o arquiteto Maicon Antoniolli, de São Paulo, projetou este ambiente como deve ser: prático, confortável e gostoso de ficar. “A iluminação bem pensada e a presença da madeira compõem um conjunto aconchegante”, afirma. A seleção de cores – que pode ser facilmente trocada – responde pela atmosfera alegre e jovial. “Os armários abaixo e acima da pia e o sofá da sala são neutros, combinando com qualquer tom que se escolha para as paredes. Basta refazer a pintura e o espaço se transforma.”

Injeção de jovialidade

Cozinha lilás não é uma ousadia? Pequenas doses de rosa, laranja e azul, em nuances variadas, conferem descontração ao ambiente.

Maicon equilibra a energia dessas cores com tons neutros: branco e bege são destinados às peças maiores. Nas paredes do estar, ele optou por um off-white levemente amarelado. “Além de refletir a luz com uma tonalidade mais quente, a tinta não contrasta tanto com a cozinha colorida.”

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Bancada de mil e uma utilidades

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❚ Com 75 cm de altura, a peça de marcenaria, feita sob medida, atua como mesa de jantar, canto de refeições rápidas e até como aparador. “Além de ser mais confortável que um balcão com bancos altos, o móvel admite o uso de cadeiras, que podem ser viradas para a sala quando houver visitas”, ensina Maicon.

Na face voltada para a cozinha, nichos abrigam o micro-ondas e utensílios. “Vãos abertos são funcionais para os equipamentos e objetos mais usados.”

Repare nas chapas que compõem a bancada: de pínus, foram tonalizadas com tinta acrílica diluída e finalizadas com verniz fosco. “Dessa forma, o tom azul-acinzentado não esconde os veios da madeira”, diz o arquiteto. Para conseguir esse efeito, misturou-se uma parte de tinta (Lukscolor Luksclean, cor Rivoli, ref. LKS 137) a três partes de água.

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Para a luminária articulada (combinou-se o braço de uma arandela com uma cúpula de tecido), uma lâmpada incandescente, de até 40 w, é a escolha ideal. “Esse tipo de luz reproduz melhor a cor dos alimentos, deixando a comida mais apetitosa.”

 

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As cores são a fronteira. Na cozinha, a tinta lilás (Lukscolor Luksclean, cor Grape, ref. LKS 713) não absorve gordura e é lavável. A sala exibe o mesmo produto na cor London, ref. LKS 631.                             

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Do estar se vê um local de trabalho organizado

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A grande sacada a favor da ordem foi pendurar sobre a bancada da pia três varões de inox, que sustentam porta-condimentos.

Sob os módulos superiores fechados, duas peças abertas perderam o fundo: assim a parede lilás fica à mostra e ressalta as cores de utensílios e eletroportáteis.

Luz indireta produz um clima mais gostoso, o que também vale neste ambiente. No alto dos armários, a luminária direciona o facho para o teto. “O tubo fluorescente branco morno evita aquele efeito azulado indesejável”, diz Maicon.

Vamos combinar: quem tem uma casa linda de morrer precisa abrir as portas para mostrá-la. Nessa hora, a versatilidade do projeto é posta à prova. “Móveis leves, como banquinhos e mesas laterais, assumem várias funções e podem mudar de lugar para servir de assentos extras”, propõe o arquiteto. Outro exemplo são as cadeiras azuis – em dia de receber visita, basta voltá-las para a sala. Já a bancada, com seus confortáveis 60 cm de largura, automaticamente vira um prático bufê para bebidas e petiscos.

 

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Composições descoladas afugentam a mesmice

❚ Agrupados com estilo, quadros e objetos adquirem importância. Maicon sugere separá-los por cores, formatos ou funções – como o conjunto de ganchos junto à entrada. Mas nada de radicalismo! No arranjo acima do estofado, a forma geométrica dos quadros foi quebrada pela presença do espelho rococó. Cor e aconchego vêm com as almofadas.                                

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 “Na parede oposta ao estofado, as telas ficam na altura do olhar de quem está sentado”, destaca o profissional. Uma delas foi parar no chão, rompendo com a sisudez do arranjo.

 E o banco virou rack: “Escapo do padrão adotando soluções com certo ar de improviso”. Na extremidade desse móvel, produz-se um canto de leitura, com abajur, poltrona e quadro Café caneca.                                                        FOTOS LUIS GOMES

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