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Este sobrado foi todo decorado pelos próprios moradores

Da marcenaria à instalação das pastilhas no banheiro, quase tudo é obra dos proprietários

Por Texto: Carine Savietto | Reportagem visual: Juliana Sidsamer | Fotos: Andrea Marques
Atualizado em 9 set 2021, 20h11 - Publicado em 20 out 2017, 17h31

Foi amor à primeira vista: quando o servidor público Robson Sobrinho (de rosa, na foto acima) e o corretor Douglas Aguiar (de azul) colocaram os pés na casa cujo anúncio tinham encontrado na internet algumas horas antes, tiveram a certeza de que era ali que queriam viver. Para isso, no entanto, precisariam vender o apê em que moravam primeiro. E não é que, em apenas três semanas, já havia um comprador? A única exigência era de que os rapazes entregassem também todos os móveis, eletrodomésticos e itens de decoração. “Ficamos assustados, mas acabamos topando”, lembra Robson. Ambos os negócios fechados com sucesso, eles se mudaram apenas com suas roupas e livros. A partir daí, embarcaram na emocionante aventura de reformar e personalizar cada cantinho da nova morada – tudo com as próprias mãos, aprimorando habilidades e descobrindo talentos que eles nem imaginavam que possuíam. Agora vem a melhor parte: eles compartilham tudo o que aprenderam!

(Andrea Marques/Minha Casa)

Cartão de visitas

(Andrea Marques/Minha Casa)

“Quem chega aqui em casa já sente o clima, entende o nosso ritmo alegre”, comenta Robson, a respeito do hall caprichado, com direito a bar e espaço para bate-papos. O único investimento pesado foi o painel formado por cinco unidades do espelho Yunus (1,41 x 0,20 cm. Etna).
Marceneiros de primeira viagem

(Andrea Marques/Minha Casa)

Para mandar fazer todos os móveis que desejavam, os moradores gastariam cerca de R$ 15 mil. “Era todo o dinheiro que tínhamos para comprar TV, cama, máquina de lavar roupa, fogão, pratos, talheres, panelas… e até lâmpadas!”, lista Robson. A solução? Aprender um pouco de marcenaria! A estante junto à porta de entrada (0,55 x 0,35 x 2,60 m*), de MDF revestido de laminado melamínico, é uma das peças construídas por eles.
Mistura inusitada

(Andrea Marques/Minha Casa)

No pequeno hall do segundo andar, havia apenas um quadro de luz. Mas um toque de Midas mudou a cara deste cantinho: depois de pintar a área de cinza (cor Dia de Chuva, da Coral), Robson instalou na parede uma estrutura que soma uma tela de vergalhões de aço encontrada no lixo e espelhinhos circulares. A mesinha que acompanha o conjunto teve a pintura amarela descascada com lixa a fim de conquistar um efeito envelhecido. “Adoramos peças brutas”, justifica Robson.

Visual masculino caprichado

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(Andrea Marques/Minha Casa)

º “Seguimos um estilo despojado e moderno: preferimos linhas retas e tons sóbrios, mas não deixamos de lado algumas pitadas de graça”, resume Robson.

(Andrea Marques/Minha Casa)

º Na sala de TV, o rack básico ganhou uma moldura feita de tinta, medindo 1,50 x2,60 m. O tom eleito foi o Elefante (ref. D161, da Suvinil).

(Andrea Marques/Minha Casa)

º No canto do jantar, o mix de esculturas cria uma bem-vinda sensação de movimento.

Relógio de parede
Similar: modelo 3D. Genioous
Cadeiras pretas
Na sala de jantar, quatro Bunnie; no hall de entrada, duas Eames Wood. Tok&Stok
Mesa de jantar dobrável
De MDF, modelo Flip Flop (para duas ou quatro pessoas). Tok&Stok
Uma tela em branco de 150 m²

(Ilustração Alice Campoy/Minha Casa)

º Não foi preciso mexer na distribuição original dos ambientes. O desafio, por outro lado, foi equipar cômodos tão espaçosos com orçamento reduzido. A saída foi atuar em etapas: uma das suítes (1) e a área de serviço (2) ainda não foram repaginadas.
Atmosfera retrô na cozinha

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(Andrea Marques/Minha Casa)

º O azul-claro dos armários é o responsável pelo visual antiguinho que domina a área. Originalmente brancas, as peças foram pintadas com esmalte à base de água na cor Maravilhas Gregas (Coral).

(Andrea Marques/Minha Casa)

º Um trecho da parede foi valorizado com pastilhas adesivas – elas simulam o efeito dos tradicionais modelos de vidro, porém não exigem quebradeira. A instalação se resume a puxar a película transparente do verso – onde as pecinhas vêm grudadas – e pressioná-las sobre a cerâmica.
Pastilha resinada
Adesiva
Miscelânea Tons de Cinza (28 x 28 cm, ref. PPR001). Pastilha Resinadacada.
Lixeira amarela
Seletiva, de aço, com capacidade de 26 litros. Leroy Merlin
Quarto organizado e clean

(Andrea Marques/Minha Casa)

º Logo que se mudaram, Robson e Douglas notaram que, em noites muito quentes ou frias, a cerâmica do andar superior estalava. Certo dia, tomaram um belo susto: as peças estufaram e quebraram completamente. O jeito foi arregaçar as mangas e instalar um piso novo. Eles elegeram um laminado e, com ajuda de um casal de amigas, deram conta da tarefa.

(Andrea Marques/Minha Casa)

º Para conquistar a cabeceira, bastou delimitar uma área de 2,45 x 1,10 m com tinta cinza.

(Andrea Marques/Minha Casa)

º Posicionado na entrada do quarto, um armário feito pelos moradores – e com o verso revestido de papel de parede – ajuda a criar um closet.

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(Andrea Marques/Minha Casa)

Piso laminado
Durafloor Ritz, no padrão Carvalho York (réguas de 1,34 x 0,18 m, com 7 mm). Leroy Merlin

(Andrea Marques/Minha Casa)

Mestres da obra!

(Andrea Marques/Minha Casa)

Apesar do orçamento curto, os rapazes sonhavam com um banheiro incrementado com pastilhas de pedra. A fim de baratear esse sonho de consumo, eles trataram de aprender, com a ajuda de tutoriais em vídeo disponibilizados no YouTube, a assentar o revestimento sem ajuda especializada – o trabalho foi feito com cola de silicone (que permite contato direto com água) e finalizado com rejunte comum.

(Andrea Marques/Minha Casa)

Reparou na saboneteira sobre a cuba? “É uma grade de ralo de inox”, revela o morador.

(Andrea Marques/Minha Casa)

*largura x profundidade x altura.

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