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Apê de 37 m² aposta em marcenaria para aproveitar espaço

O mobiliário bem planejado e outros truques entraram em cena para multiplicar a área

Por Texto Flávia G. Pinho e Daniel John Furuno
Atualizado em 9 set 2021, 20h13 - Publicado em 17 out 2017, 14h00

“Fiquei desanimada quando visitei o apartamento pela primeira vez. Achei que não caberia nada”, admite a professora Jociane Cameron. Na época, ela e o marido, o vendedor Celso, saíam de um imóvel bem maior, em Maringá, PR, e, mesmo animados com o novo lar, comprado na planta, temiam que faltasse espaço para a família. Nada como ter um designer de interiores em casa – Fernando, o filho do casal, convocou as colegas Caroline Yasmin Gonçalves e Barbara Pereira. Juntos, os três sócios do escritório Only Design traçaram um projeto sob medida para tirar proveito de cada centímetro dos cômodos diminutos, que ganharam, ainda, revestimentos atraentes. “Para completar, vendemos os móveis antigos, que eram grandes demais, e mudamos com tudo zero-quilômetro, desde os eletrônicos até a louça. Uma delícia!”, comemora Jociane.

Funcionalidade e beleza, a dobradinha imbatível

❚ Recurso certeiro para trazer sensação de amplitude, o uso de espelhos foi bastante explorado. A começar pela parede perpendicular à porta de jantar, que recebeu um grande painel de 2 x 1,70 m

Nem parece que são só 37 m2
Recurso certeiro para trazer sensação de amplitude, o uso de espelhos foi bastante explorado. A começar pela parede perpendicular à porta de jantar, que recebeu um grande painel (Jefferson Ohara/Minha Casa)

❚ Uma peça menor, com moldura rococó de plástico, enfeita a superfície, que leva papel de parede estampado.

(Jefferson Ohara/Minha Casa)

❚ Atrás do sofá, a aparência de tijolos foi conquistada com um truque: placas de cerâmica foram cortadas ao meio e assentadas em fileiras com posições desalinhadas.

(Jefferson Ohara/Minha Casa)

❚ Na cozinha, repete-se a combinação de revestimento decorado e espelhos – estes aparecem na divisa com a lavanderia, enquanto o patchwork de azulejos cobre o trecho entre a bancada da pia e os armários planejados.

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(Jefferson Ohara/Minha Casa)

Do chão ao teto, a ordem é não desperdiçar nenhum centímetro

❚Na sala de estar, imperam tonalidades próximas ao bege do piso original, mantido em todo o apê. A neutralidade é quebrada por itens azuis, como os pufes. Eles também funcionam como baús e contam com rodízios, permitindo que, após o uso, sejam encaixados sob o rack.

(Jefferson Ohara/Minha Casa)

❚ Além da estrutura que abriga a TV, a estante de MDF texturizado é dividida em outros módulos. Planejada para aproveitar o espaço, ela abraça a passagem para a ala íntima e apresenta portas com sistema de fecho-toque.

❚ O forro foi rebaixado em duas alturas, criando três níveis, que receberam diversos recursos de iluminação. O primeiro (a 2,42 m do piso) traz spots direcionáveis; o segundo (2,50 m) apresenta fitas de LED embutidas; e, no terceiro (2,65 m), sem rebaixamento, fica o ponto central. “Instalamos circuitos independentes, o que possibilita a criação de climas bem diferentes por meio da combinação de luzes”, diz Caroline.

Ideias eficazes até nas passagens entre os cômodos

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❚ Além de permitir refeições rápidas, o pequeno balcão americano (1) evita a impressão de confinamento na cozinha estreita ao integrar o ambiente à sala.

(Ilustração Alice Campoy/Minha Casa)

❚ Na ligação entre o estar e o corredor, que conduz à ala íntima, a porta de correr (2) favorece a circulação – aberta, ela fica embutida entre a parede e a estante.

Para o filho, um ambiente com personalidade

❚ O quarto de solteiro foge da paleta dos outros cômodos. Nichos com acabamento de laca amarela contrastam com os tons escuros que dominam a cena. “Em imóveis pequenos, o mais comum é se valer de cores claras, que promovem a amplitude. Como o Fernando preferiu inovar com preto e amarelo, utilizamos nesse ambiente muitos materiais reflexíveis, que se encarregam de aumentar o espaço visualmente”, explica Caroline.

(Jefferson Ohara/Minha Casa)

❚ Assim, há espelhos ao lado da janela, em parte do forro e na porta do nicho junto à cama, além dos revestimentos espelhados nas portas do armário e na cabeceira.

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(Jefferson Ohara/Minha Casa)

❚ A escrivaninha sob medida (1,18 x 0,60 x 0,70 m) aproveita bem o cantinho entre o armário e a porta. A pequena área de trabalho conta com uma faixa de papel de parede fazendo as vezes de painel. Os spots de LED embutidos nos nichos iluminam a bancada.

E, para os pais, suavidade e praticidade ditam as regras

❚ Os tons pastel voltam a ser protagonistas no dormitório do casal. “Eles garantem um efeito visual bem leve, ainda que não faltem acessórios e detalhes decorativos por todo o cômodo”, avalia a designer. O jogo de cama é um exemplo de elemento que pode variar em matizes e desenhos.

(Jefferson Ohara/Minha Casa)

❚ Na cabeceira, o painel de MDF exibe o mesmo acabamento dos criados-mudos – o padrão Nogal Sevilha (Guararapes). Já os armários aéreos com portas espelhadas e as prateleiras apresentam o padrão Teka Barcelona (Arauco). Completam a decoração desta superfície o papel de parede estampado e a faixa de espelho.

(Jefferson Ohara/Minha Casa)

❚ A TV de 40 polegadas foi fixada em um painel de 1,90 x 1,35 m. Feito de MDF, ele repete o acabamento dos armários aéreos, assim como o nicho de 0,50 x 1 m, que abriga o decodificador de TV paga. O nicho e o painel são sobrepostos a outro, de 1 x 1,75 m, em tom mais claro.

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❚ A composição não é meramente decorativa. Toda a fiação dos equipamentos foi embutida ali – a do televisor, no painel maior; e a do decodificador de TV paga, no menor.

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