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Com bossa e elegância

Quem disse que o clássico precisa ser careta? O perfil mais sóbrio da moradora não a impediu de abraçar as soluções inesperadas do projeto. Resultado: ela conquistou uma sala contemporânea e pra lá de convidativa

Por Texto: Daniel John Furuno
Atualizado em 10 set 2021, 00h12 - Publicado em 28 nov 2016, 11h54

Equilíbrio foi a palavra-chave ao pensar na decoração para a ala social deste apartamento em São Paulo, de acordo com a arquiteta Ana Yoshida: “Era preciso atender os pedidos da cliente por visual sóbrio e sensação de acolhimento. Ao mesmo tempo, como o imóvel é pequeno, as salas de estar e de jantar acabam sendo uma espécie de cartão de visitas, por isso, esses ambientes pediam algo surpreendente.” Depois de entender os anseios da moradora, a profissional pôde explorar cores e texturas a fim de trazer o desejado aconchego e, de quebra, propor releituras atuais do estilo clássico, sem deixar de inovar em alguns detalhes – as principais ousadias foram reservadas para a parede da TV e a do aparador da sala de jantar, superfícies de maior destaque.

Trinca de peso com a base certa

• A grande atração no trecho do estar é o revestimento charmoso – trata-se de um conjunto de peças autocolantes de bambu com recortes vazados, fixadas diretamente sobre a parede tingida de verde. “Essa pintura, aliás, destaca a trama delicada do desenho”, aponta a arquiteta. 

• O rack, também verde, foi escolhido em função da composição. “Tom sobre tom é certeiro!”, diz Ana, lembrando que a cor ainda confere um ar mais contemporâneo ao móvel de desenho retrô. 

• O branco nas demais paredes, o piso amadeirado e o sofá – elementos que já existiam – formam a necessária base neutra.

Simples e muito original

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• Pintar a sala de jantar da mesma cor da parede da TV teve dupla função – setorizar esse trecho e estabelecer continuidade visual com o estar. 

• O canto do aparador é valorizado pela presença dos terrários pendentes. “É um elemento inusitado, que chama a atenção e ainda traz um pouco de natureza para dentro de casa”, observa a profissional. 

• A distribuição desalinhada e a variedade de formas dos quadros e enfeites também buscaram a irreverência. O pendente de desenho limpo não briga com o arranjo.

NÃO FALTAM CHARME E CLASSE 

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• Carro-chefe da paleta, o verde é sofisticado e moderno sem roubar a cena nem cansar o olhar.

• “O branco é o ponto de luz – clareia, equilibra, faz a ligação entre todas as cores e ainda traz sensação de amplitude”, enumera Ana. 

• Os tons de bege da madeira e do sofá aquecem e confortam. 

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• O cinza nas cadeiras é contemporâneo e completa a base neutra. 

• Presente em detalhes de decoração, o vermelho imprime um toque de alegria e vibração.

CIRCULAÇÃO É TUDO 

• Posicionado bem diante da porta da varanda (1), o canto de leitura (2) teve de deixar livres cerca de 90 cm para não prejudicar o trânsito. 

• A mesa de jantar (3) fica a 70 cm da parede para permitir o afastamento das cadeiras.

Nenhum centímetro sem uso

• Tirando proveito do trecho diante do balcão americano, a arquiteta criou uma área de leitura, com um par de poltronas – neutras, para não deixar o visual pesado. O canto ainda recebeu um banco fazendo as vezes de mesinha e um tapete. “O modelo redondo deixa o ambiente mais fluido, quebrando a rigidez das formas retas predominantes”, destaca a profissional. 

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• Ocupando o espacinho atrás do sofá – e disfarçando as costas do estofado –, uma banqueta apoia um cesto com um vaso de planta.

• Como a moradora tem um cachorro grande, deixamos boa área para circulação e evitamos objetos pequenos, para o bicho não esbarrar nem derrubar”, aponta Ana. O golden retriever Shleper aprovou as medidas.

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